domingo, 5 de julho de 2009

Gogim

A origem do topónimo Gogim é desconhecida. Será talvez um antroponímico de filiação Germânica “Mogim” ou segundo outros de origem Árabe, porque sabe-se que nesta região viveu e tinha propriedades o régulo “Zadam Adem Uvim”.Gogim localiza-se na região sul do concelho, a mais fria no Inverno ilustra as características climatéricas da região. A cultura cerealífera teve acerca de meio século expressão em grandes áreas do concelho, cedendo lugar à vinha e pomar e nalguns casos, infelizmente abundantes a densos “matagais”. Grandes áreas de pomar, sobretudo maçã, ocuparam terrenos abrigados e especialmente vocacionados para a fruticultura, conferindo ao concelho credencial dos mais importantes do distrito de Viseu, neste sector, com modernas instalações de redes de frio. O lugar de Gogim dispõe cerca de 60 câmaras frigorificas, sendo na sua maior parte de frio convencional. Contribui o lugar de Gogim com uma produção de cerca de 10.000 toneladas de maçã para a totalidade das 30 a 35 mil toneladas que produz o concelho.Existe em Gogim o solar dos Condes de Vila Flor e Alpedrinha, que se distingue facilmente da estrada nacional pela formosa e imponente frontaria, conhecida por Casa Grande de Gogim, com capela privativa onde jazem os primeiros Condes de Samodães (1857-1866). Ainda a capela de Santo António e a capela de Nossa Senhora da Piedade, a primeira no centro da povoação e a segunda no alto do monte com o nome de Santuário de Nossa Senhora da Piedade. É muito antigo este devoto Santuário, o que a sua arquitectura demonstra evidentemente. Aí se relatam as duas lendas referentes à origem deste Santuário. Segundo uma, a imagem de Nossa Senhora apareceu neste monte, junto a um silvado e a ou pessoa (s), que a acharam foram dar parte disto ao abade das Chãs, que com o devido respeito e devoção levou processionalmente a santa imagem para a Igreja Matriz de São Martinho. Quando no dia seguinte o povo foi à Igreja, tinha a Senhora desaparecido regressando ao monte onde fora encontrada. Três vezes foram buscar a Senhora para a Igreja e outras tantas fugiu Ela para o monte. Então, resolveram edificar-lhe uma ermida no próprio sitio da aparição. A segunda lenda conta que um juíz do mesmo lugar sonhara três noites que a imagem da Senhora estava debaixo de uma silveira, no alto do monte. Foi lá e achou-a no sítio do sonho. Mandou-lhe o mesmo juíz logo edificar uma pequena capela, que a piedade e a devoção dos povos em poucos anos transformou no formoso templo que hoje admiramos. Construiu-se ainda, outra capela dedicada a Santa Maria Madalena.

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